Serra, campeão de más companhias, visita Azeredo, Yeda, Pavan, Perillo..

“Num torneio, a candidata do governo perde no quesito más companhias”
Declaração de José Serra no programa 3 a 1 da TV Brasil,
se proclamando campeão em más companhias.


A semana de José Serra (PSDB/SP) e suas companhias durante a campanha:

Na segunda-feira em BH, Serra nos braços de Eduardo Azeredo (PSDB/MG), o pai do mensalão tucano. Azeredo é reu na Ação Penal nº 536 do STF, respondendo pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Na noite de terça-feira (dia 20), Serra estava em campanha com Leonel Pavan (PSDB/SC) em Joinville. Pavan aparece envolvido no escândalo de corrupção desbaratado pela Operação Transparência da Polícia Federal.
O Ministério Público de Santa Catarina ofereceu denúncia contra Pavan pelos crimes de Advocacia Administrativa, Violação de Sigilo Funcional e Corrupção Passiva.


Na tarde de terça-feira, Serra em campanha com Marconi Perillo (PSDB/GO), denunciado por Improbidade Administrativa, Formação de quadrilha, Peculato, Caixa Dois, Uso da máquina pública, Utilização de notas frias, Laranjas para fraudar a eleição de 2006.

Quinta-feira (22), Serra correndo para o abraço com Yeda Crusius (PSDB/RS), governo onde ocorreu os escândalos de corrupção das Operações Rodin (escândalo do DETRAN) e Solidariedade da Polícia Federal. Yeda responde ao Processo nº 0004835-33-2010.4.04.0000 no STJ por Improbidade Administrativa.Responde ao Processo civil nº 1531551-13.2010.8.21.0001, no TJ-RS, em segredo de justiça (???).


Para fechar a semana com "chave de ouro", só faltou uma visita à Joaquim Roriz (PSC/DF), a Efraim Morais (DEMos/PB), e tomar um cafezinho com o ex-pré-candidato a vice José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF). Ainda há tempo, nas próximas semanas.

Por: Zé Augusto

O papel de Lula a partir de 2011 - Qual será o papel de Lula a partir de 2011 ?

Há quem sugira a secretaria-geral da ONU. Mas o próprio Lula, apesar de honrado pela lembrança, considera o cargo fora de seu perfil. Apesar de sua conhecida habilidade de negociador, o cargo exige neutralidade, sem poder tomar lado de um país ou de outro, e Lula tem lado, a começar pelo Brasil. Ele sempre estará do lado dos países pobres para diminuir as desigualdades. A mesma coisa acontece com o Banco Mundial.

Uma opção possível, no âmbito internacional, é o Presidente Lula articular algum instituto independente para que ele e outros líderes mundiais que tiverem afinidade, atuem na mobilização de governantes e líderes para que reúnam força política capaz de influir nestes órgãos multilaterais que já existem, em prol de resolver o desenvolvimento econômico e social sustentável dos países mais pobres.

Mas pode desempenhar também outros papeis, atuando no Brasil. Livre das responsabilidades do cargo da presidência e dos cuidados para garantir a governabilidade, como líder da sociedade civil, Lula pode ser um importante mobilizador para conquistar reformas políticas e sociais que estão empacadas no Congresso.

Há anos que todo mundo fala da importância da reforma política, mas ela não sai porque ela sempre empaca no corporativismo do Congresso. Quem se elegeu com estas leis que estão aí, teme não se reeleger com leis diferentes. O mesmo acontece com a reforma tributária, que também sempre empaca nas desavenças entre governadores, área econômica, congresso, empresários e trabalhadores.

Alguém com a liderança moral e popular de Lula, e sua capacidade de negociação e diálogo com os diversos setores sociais, teria capacidade de articular uma campanha junto à sociedade para desempacar estas reformas, seja com o próprio Congresso se dispondo a fazê-las, diante da pressão popular, ou através de uma mini-constituinte exclusiva.

Mas isso é para 2011. Por enquanto ainda faltam 7 meses de governo e ainda dá para fazer muita coisa. Cada dia até 31 de dezembro de 2010, há mais um tijolo assentado pelo governo Lula, na construção da história do Brasil.

Por: Zé Augusto